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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Meus dias de internação

Olá, pessoal! Já faz um tempinho que não passo por aqui. Desde quando operei, em 10/05, minha vida não tem acontecido nada de emocionante pra contar (não que antes acontecia). A verdade, é que me sentar à mesa do computador, muitas vezes é incômodo e não me sinto muito à vontade.

Pra quem acompanha um pouco da minha trajetória, sabe que fui internado em 09/05, e em 10/05, fui submetido a uma operação de gastrectomia total (retirada total do estômago). A cirurgia durou por volta de 8 horas, mas, pra deixar a família mais preocupada, teve atraso, devido a material incorreto que o hospital havia comprado. A cirurgia que era pra ter iniciado às 7:00h, iniciou mais de 9:00h.



Saindo da cirurgia, fui direto pra UTI. Acordei morrendo de dores no ombro, devido à posição em que fiquei durante a operação. Pra falar a verdade, não me lembro de sentir muitas dores devido ao procedimento. Fiquei dois dias na UTI e logo subi para o quarto. No quarto, eu tinha muito mais liberdade, uma vez que podia me levantar sozinho da cama. Além de poder colocar ao menos uma cueca. Estava me incomodando o fato de estar apenas de avental na UTI e, toda hora, as pessoas vendo as minhas partes.

A felicidade de estar no quarto durou apenas dois dias. Após fazer uma tomografia, no dia 13/05, domingo, foi constatado o surgimento de uma fístula, que estava atrapalhando a cicatrização interna. Juntando a isso, minha pressão e frequência cardíaca estavam altas e algumas alterações nos exames de sangue, fizeram com que meu médico me mandasse de volta à UTI, onde fiquei mais uns 3 dias. Durante esta estadia, passaram um cateter, chamado PICC, para começar uma alimentação intravenosa, pois até o momento, estava apenas com soro. Entrei no hospital, pesando 113 kg, devido ao excesso de líquidos, saí da cirurgia com 122 kg. A última vez que me pesaram na UTI, estava com 109 kg.

Voltei para o quarto. A monotonia era terrível. Praticamente, a única "diversão" que eu tinha era a televisão, que eu não sou muito fã. No quarto em que eu estava, o wi-fi funcionava pessimamente mal, o que fez eu gastar todo o meu plano de dados rapidinho. Recebi diversas visitas de amigos e parentes, que me ajudavam a passar o tempo, além de ganhar algumas coisinhas pra me ajudar. Ganhei livros, palavras cruzadas, minha prima Cláudia levou lápis de cor e livros pra eu pintar, Marcelo e Well me emprestaram o Nintendo 3DS...



Mais ou menos, no 20º dia de internação, fiz uma endoscopia para passagem de uma sonda alimentar e uma prótese que fica encostada à emenda da cirurgia para ajudar a cicatrizar. Estou com elas até hoje. A prótese, vira e mexe, sai do lugar. Durante o tempo restante que permaneci no hospital, estava recebendo dois tipos de alimentação: a intravenosa, pelo cateter e a enteral, pela sonda. Isso fazia com que duas bombas de infusão estivessem ligadas 24h, fazendo com que eu carregasse o suporte pra lá e pra cá. Cada vez que eu acordava de madrugada pra ir ao banheiro, tinha que acordar meu acompanhante, por causa das tomadas.



Numa manhã de sábado, completando exatos 30 dias da minha cirurgia, recebi a visita do médico que veio com a feliz notícia de que eu iria ter alta. Foram vários procedimentos até eu conseguir sair do hospital (retirada do cateter, visita da nutricionista...) e vou dizer que não foi fácil vir pra casa. Além de ter muita bagagem pra carregar (o Michel estava comigo), ainda tivemos que comprar a alimentação enteral, pra começar a ser infundida em casa. Mas conseguimos e minha vida segue, em casa.

Valeu, pessoal! Ósculos e amplexos a todos!

PS: Quero agradecer a todos os que me mandam energias positivas, quem torce por mim, aos que foram me visitar e, sobretudo, aos que doaram sangue em meu nome. Todos vcs tem minha gratidão eterna!!!

2 comentários:

  1. Boa noite Flávio, eu li seu blog de sua tragetoria, gracas a Deus vc venceu, Deus e muito bom.
    Eu estava procurando um amigo da faculdade e encontrei vc que parece muito com ele, estudamos juntos na Brás cubas no curso de direito, depois não nos vimos mais, eramos jovens mudamos muito a aparecencia, envelhecemos, como no seu face não tem muita informações, entre em contato comigo pelo face, meu nome e Maria Aparecida Alves da Silva,

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    1. Maria Aparecida, desculpe-me pela demasiada demora em responder. Obrigado por suas palavras. Espero que você tenha encontrado o seu amigo. Muito obrigado por seu comentário, por ler meu blog e, mais uma vez, me perdoe pela demora em responder. Ósculos e amplexos!

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