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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Diário de uma doença III - Uma sucessão de erros

Depois de sair do consultório do gastroenterologista, voltei pra casa e dei a notícia para minha mãe. Ela ficou desconcertada, mas eu a acalmei dizendo que lutarei até o fim e que, aparentemente, o tumor era inicial, o que dava mais chances de cura.

Logo fui ligar para o hospital A. C. Camargo, para agendar a minha consulta e consegui para segunda-feira, dia 18/12, com o dr. Paulo, da equipe de colorretal. Até então, nem tinha percebido da tal de "equipe de colorretal", mesmo porque eu estava meio desconcertado ainda, mas deixei pra lá. Resolvi algumas coisas naquele dia e, ao chegar em casa, fui checar meus e-mails e tinha um do hospital, pra confirmar a consulta. Só aí que fui ver o "colorretal". Achei estranho, afinal o meu tumor é no estômago. Fui ligar para o atendimento do hospital, mas só funcionava até as 19h e era 19h18min. Acordei cedo no dia seguinte, para ligar logo no primeiro horário para confirmar.

Acordei às 7h, para já pegar o primeiro horário, peguei meu celular e cliquei no último número que havia falado, crente que era do hospital. Tentava e dizia que aquele telefone não estava programado para atender chamadas. Tentei diversas vezes e achei melhor esperar até as 8h, para ver se eu não estava enganado no horário. Mesma mensagem. Fiquei confuso, não era possível! Só aí que lembrei que o último número com qual havia falado não era do hospital, mas o atendimento da NET havia me ligado, para resolver um problema com minha TV. Consegui falar no hospital e frisei que o meu tumor era no estômago, a atendente pediu alguns minutos e enfim confirmou que estava agendado certinho.

No dia da consulta, apareci como agendado e o hospital estava sem sistema. Estava lotado!!! Estavam distribuindo senhas manuais e não tinha previsão de reestabelecimento do sistema. O jeito era esperar. Depois de 1h30min de espera, abri a ficha e demorou mais uns 30 minutos para o médico me chamar. Entrei no consultório e não era o dr Paulo, era o dr Nilton, mas ele logo disse que era da equipe e já fiquei um pouco mais tranquilo. Após contar ao médico por tudo o que passei, ele me fez a pergunta: "Foi você que pediu para agendar com a equipe de colorretal?". Expliquei a ele que não, inclusive frisei que o tumor era no estômago e ainda liguei para confirmar. Ele disse que a equipe que cuida de estômago era a de "abdominal", mas que iria fazer meu prontuário, além de conversar com algum médico da equipe de abdominal, para ver se conseguia um encaixe para aquele dia mesmo, para não dar viagem perdida.

Após abrir meu prontuário, o médico saiu da sala com resultado de um dos exames na mão, atrás de alguém da equipe de abdominal, para ver a possibilidade de me atender ainda naquele dia. Conseguiu que o dr Heber abrisse uma exceção na agenda dele e me concedesse a consulta, porém teria que ser o último da agenda. Demorou aproximadamente 45 minutos e fui chamado. Quando entro no consultório, fui atendido pelo dr Paulo (ué, mas não era Heber?), que logo me tranquilizou, dizendo que fazia parte da equipe do dr Heber. Todos os médicos foram muito atenciosos e, em especial, o dr Heber me explicou tudo sobre a doença, até desenhou o estômago para explicar onde se encontrava o tumor, como poderia estar a situação da ferida, exemplificando como se a sala fosse o estômago e as paredes onde o tumor estaria.

Acho que já escrevi bastante por hoje! Na próxima página do diário, vou escrever de como se desenrolou o restante das consultas.

Valeu, pessoal! Ósculos e amplexos a todos!

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