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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Diário de uma doença IV - As consultas

Bom, já escrevi um pouco da consulta com o dr Paulo e o dr Heber, me explicando o estômago, tomando por exemplo a sala do consultório como se fosse o órgão. Após essa explicação, o médico pediu que fossem refeitos os exames, mas dessa vez seria direcionado, uma vez que sabiam da existência do tumor e a localização. Foi-me orientado que procurasse pela Susi, na recepção, que ela agendaria tudo por encaixe, para ser tudo mais rápido, bem como um horário na agenda do dr Heber, no dia 03/01, dia que ele retornaria do recesso de fim de ano.

A endoscopia foi agendada para dois dias depois (20/12) e o Michel me acompanhou. Exame de sangue não precisava agendar e a tomografia, agendada para a quinta-feira (21/12), porém não foi instruído que eu deveria estar em jejum de 8 horas. Quando fui chamado pra realizar o exame, perguntaram-me sobre o jejum e eu disse que não estava, uma vez que disseram que não deveria haver nenhum preparo prévio. Me deram a opção de esperar dar as 8h de jejum (ou seja, teria que esperar mais 4h sem comer e eu já estava morrendo de fome, uma vez que como pouco) ou voltar em algum outro dia e horário que eu escolhesse. Resolvi voltar no dia 26/12, pela manhã.

Realizados todos os exames, no dia 03/01, voltei ao hospital para passar em consulta. O médico havia solicitado que eu levasse alguém da minha família, para que fosse explicado como seria feito o tratamento e as possibilidades de tudo acontecer. Minha mãe me acompanhou, juntamente com minhas primas (irmãs) Denise e Cláudia, que voltaram de viagem, largaram as malas em casa e foram ao nosso encontro. Mais uma vez não fui atendido diretamente pelo dr Heber, que teve um imprevisto, mas a equipe toda pediu desculpas em nome dele.

Fomos atendido pelo dr Pedro, que revisou os exames e, em seguida, chamou o dr Wilson, que nos explicou como seria o tratamento: primeiramente, teria que fazer uma videolaparoscopia para visualizar o exterior do estômago, para verificar se não havia nenhum tipo de célula cancerígena do lado de fora; seria aproveitada a anestesia para passar o Port-a-cath (cateter para realização da quimioterapia); em seguida, faria 4 ciclos de quimioterapia a cada duas semanas, novos exames, retirada do tumor e mais 4 ciclos de quimio. Para isso, teria que passar em consulta com médico vascular, oncologista clínico, anestesista, além de realizar exames de sangue, eletrocardiograma e raio-x do tórax. O médico agendou a cirurgia para o dia 09/01 (lembrando que estávamos no dia 03), então teria que ser tudo às pressas (tudo foi prontamente arranjado pela atendente Juliana).

Realizados todos os procedimentos, um dia antes da cirurgia, havia me despedido dos colegas de trabalho, porém à tarde recebi ligação do hospital, dizendo que o procedimento não havia sido liberado, ainda, pela operadora do convênio. Então, no dia agendado fui trabalhar normalmente e obtive, junto ao convênio, de que a cirurgia havia sido autorizada. Já na quarta, dia 10, liguei para o hospital para saber os procedimentos e falei com umas 8 pessoas diferentes, um passando para o outro, até que uma moça explicou todo o procedimento e que eu deveria passar em nova consulta com o médico cirurgião. Solicitei permissão para me ausentar do trabalho e me dirigir ao hospital, onde procurei a Juliana, para que ela conseguisse um encaixe com o dr Heber ainda aquele dia.

Esperei por volta de 3 horas, mas fui atendido pela dra Samira, que, junto ao dr Heber, decidiram remarcar a cirurgia para o dia seguinte, 11/01. Do consultório, fui levar os documentos ao setor de autorizações que já estava fechado (funcionava até as 18h), mas encontrei uma funcionária que estava se dirigindo ao local e ela conseguiu que alguém me atendesse e estava tudo resolvido para realizar a cirurgia, no dia seguinte.

No próximo post, relatarei como foi a internação e os dias que passei no hospital.

Valeu, pessoal! Ósculos e amplexos a todos!

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